Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho; sejam mestras do bem, a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos, a serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que a palavra de Deus não seja difamada. (Tito 2:3-5)
Hoje, obedecer a Deus – em orientações como as do texto acima – é quase uma missão impossível porque a Escola não permite tal “desvario” à família. O Ministério da Educação aponta para a fé cristã como um alvo a abater e não faltam guiões de género [sexo] e cidadania, que rotulam os ensinos bíblicos e as famílias cristãs como antiquados, retrógrados e castradores. O que não é dito aos alunos é que as novas orientações sobre sexualidade nada mais são do que um regresso ao que de pior tiveram as sociedades mais antigas, anteriores ao cristianismo.
O PRESSE, programa de forma[ta]ção de professores, que afirma «apoiar os agentes de educação sexual na implementação de um programa estruturado e sustentado que visa a aquisição de competências e a promoção de valores fundamentais à vivência da sexualidade de forma responsável.», nada mais é do que a promoção da imoralidade sexual e um regresso à imoralidade sexual de tempos mais antigos do que o Antigo Império Romano. Qualquer escritor dessa época, ao olhar ao seu redor, escreveria o PRESSE.
De acordo com o Programa Regional de Educação Sexual em Saúde Escolar, Na Região Norte:
«Apesar de a sexualidade ser um fenómeno anterior ao aparecimento do homem»
Repare na designação “Educação Sexual em Saúde Escolar”… Quem é que não concorda com tão nobre preocupação? Só que não é de educação e saúde que se trata, mas sim de arregimentar as crianças para a revolução sexual em curso. Depois de ter adoptado a “Teoria da Evolução” como “Verdade absoluta”, o programa passa a incuti-lo na mente dos alunos. Ainda estou a pensar como seria a sexualidade humana antes do homem existir, mas de acordo com o PRESSE, e aqui começa a desconstrução dos ensinos Bíblicos, primeiro apareceu o sexo e depois os seres humanos… Valha-nos Deus.
«[No programa] apresenta-se uma breve resenha histórica que permite observar como e porque mudaram, ao longo dos últimos séculos, os códigos e valores ligados ao sexo, bem como perceber que certas mudanças no comportamento sexual não coincidem com reformas económico-sociais e políticas por acaso.»
É verdade que «ao longo dos séculos, os códigos e valores ligados ao sexo, bem como certas mudanças no comportamento sexual não coincidem com reformas económico-sociais e políticas por acaso.» e a prova é a revolução sexual que está a ser imposta em sala de aula a crianças de tenra idade por parte de movimentos politico/ideológicos. Mas não é verdade a mentira que o PRESSE orienta os professores a adoptar e ensinar. Ao contrário das mentiras do programa, as mudanças de comportamento sexual — na direcção a que hoje assistimos — sempre foram um sintoma do fim eminente de uma civilização e não da sua saúde.
O PRESSE incute nas crianças que havia algo bom no mundo antigo, pré-cristão, onde a imoralidade e a perversão sexual eram comuns. Os autores trocaram as palavras “imoralidade” e “perversão” por “liberdade sexual” e “prazer” e apontam comportamentos depravados como salutares:
«No auge do Império Romano, era comum que famílias tivessem, nas suas casas, representações sexuais explícitas.»
Sim, é verdade. Mas essas representações são bem anteriores ao império Romano. No livro “Eros na Antiguidade”, todas as páginas trazem figuras de pinturas antigas totalmente obscenas nas quais o órgão sexual masculino é o que mais se destaca. Fornicação, adultério, homossexualidade, sodomia, bestialidade, sexo em grupo e todo o tipo de perversão sexual, bem como aborto e infanticídio, eram prácticas desenfreadas no mundo antigo.
Tão actual, não é?
Encontramos culturas da antiguidade, muito anteriores a gregos e a romanos, com toda a sorte de perversões sexuais.
O arqueólogo Joseph Free diz que nos templos dos antigos cananeus — o povo que Deus mandou expulsar e destruir por causa da sua depravação moral — se praticava a “adoração ao sexo degradante” que resultava em sacrifício de crianças. Os seus templos eram “locais de depravação”.
O arqueólogo W. E. Albrigth concorda:
«Em país algum se encontrou um número tão elevado de estatuetas de divindades da fertilidade nuas, sendo algumas particularmente obscenas. Em nenhum lugar o culto de serpentes aparece tão fortemente. As duas deusas, Astarote e Anate, são chamadas de as grandes deusas que concebem, mas não dão à luz! Prostitutas sagradas e sacerdotes eunucos eram extremamente comuns. O sacrifício humano era notório […] os aspectos eróticos do seu culto devem ter penetrado nas mais sórdidas profundezas da degradação social.»[1]
Na Antiguidade, antes dos gregos, os cananeus não eram os únicos no que à perversão diz respeito. Os sírios e os fenícios tinham uma deusa cuja adoração envolvia a “prostituição sagrada de ambos os sexos”[2]. Os antigos egípcios também praticavam homossexualismo como parte da sua religião:
«Como parte da sua cerimónia à deusa Isis, os “sacerdotes” egípcios (na verdade eram apenas prostitutos) tinham relações com os homens que vinham “adorar”. Essa forma pervertida de “adoração” era encontrada ao longo de toda a região do Mediterrâneo, onde essa deusa era conhecida também Ishtar, Mylitta, Afrodite e Vênus.»[3]Os gregos também são conhecidos pela sua aprovação e prática do homossexualismo, tal como os egípcios que também tinham prostitutos homossexuais. Numa rua principal, em Éfeso (Rua do mármore) o caminho até ao prostíbulo estava demarcado no chão. O templo de Diana, que, curiosamente, era uma das sete maravilhas do mundo, promovia e albergava um contínuo festival de depravação sexual.[4] Da mesma forma, o templo de Afrodite em Corinto.
John Boswell, professor de História em Yale, escreveu:
«Muitos gregos retratavam o amor homossexual como a única forma de erotismo duradoura, pura e verdadeiramente espiritual […] O legislador ático Solon considerava o erotismo homossexual demasiadamente sublime para os escravos, e proibiu-o a eles. No mundo utópico dos romances helenísticos, os homossexuais figuravam destacadamente como amantes proibidos, cujas paixões não eram menos duradouras ou espirituais do que as dos seus amigos heterossexuais.»[…][5]
Não é isso que hoje se promove? Não é o que estão a impor-nos? Não lemos notícias de homossexuais, lésbicas, trans, etc., bem-sucedidos em áreas de poder e nas artes, como se a sua sexualidade fosse requisito para ocuparem os cargos que ocupam?
Continua no próximo artigo:
[1] Apud Merrill Unger, Archaeology and the Old Testment, Grand Rapids
[2] Ibid., p. 173
[3] S. I. MCMILLEN, e David STERN, None of these diseases, Old Tappan: Fleming H. Revell Company, 1984, p. 86.
[4] Halley, Manual bíblico, p. 237;
[5] Christianity, social tolerance, and homossexuality: gay people in western Europe From the beginning of the Christian era to the Fourteen century, Chicago: The University of Chicago Press, 1980, p. 27.
