Faz hoje, 18 de setembro de 2021, precisamente um ano em que fomos surpreendidos com a notícia (brutal) da morte do D. Anacleto Oliveira, bispo de Viana do Castelo.
O carácter inesperado deste desfecho serviu, durante algum tempo, para se explicar a demora em encontrar quem lhe sucedesse, a exemplo da substituição do bem-amado bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos. Só que, neste caso, esta diocese recebeu o bispo titular passado meio ano, tempo que, então, pareceu excessivo.
Que dizer, então, de uma diocese ‘sede vacante’ durante um ano? Falta de candidatos (ou excesso)? Sempre ouvi dizer que não faltavam vocações episcopais… Tempo de aprendizagem de iniciativa franciscano-petrina sobre ‘tempos novos’, em que as comunidades, mesmo as diocesanas, descobrem-se corresponsáveis no ‘governo’ das mesmas? Mais uma ocasião para nos questionarmos sobre este modelo ultrapassado das igrejas particulares encontrarem os seus bispos (com núncios, trinas, auscultações clericais, boatos, idas a Roma…)? Outras razões existirão, certamente.
‘Até quando, Senhor?’, reza-se por Viana do Castelo. Que esta espera possa ao menos trazer um pastor como aquele que perderam faz hoje um ano.
