Beata Alexandrina, cuidadora dos feridos

Dia 13 de Outubro será a Festa litúrgica da Beata Alexandrina de Balazar, dia aniversário da sua morte, Portugal inteiro deve pensar e rezara a esta Beata, verdadeira mística da Eucaristia. Estre ano o tema será “A Beata Alexandrina, cuidadora dos feridos”, qual “boa samaritana” imitando Jesus.

Na sua oração e contemplação, nos seus diálogos com Jesus, no seu modo de O querer imitar, na maneira como ela própria, que era uma criatura ferida, a quem Jesus cuidava e tratava com carinho e solicitude de Bom Samaritano, Alexandrina aprendeu com Ele e com a sua própria experiência a cuidar das feridas, quer corporais, quer espirituais, quer morais, sempre numa atenção e solicitude a toda a prova. Contemplar Jesus é sempre o caminho e a solução para tentar ser como Ele, para imitar a caridade, a compaixão, a solicitude, o carinho, do Bom Pastor e do Bom Samaritano, que na sua vida  pública curou cegos, coxos, paralíticos, leprosos, e também pecadores e doentes da alma e do coração, devido ao pecado, ao mal, ao poder diabólico. Encontramo-Lo sempre atento e delicado, solícito e generoso. Foi com Ele que Alexandrina aprendeu a amar os pobres e doentes e a ser uma “boa samaritana” para curar corpos e almas, pessoas e famílias, pecadores e gente sem fé.

De coração aberto, de porta de casa aberta, acolheu, ao longo da sua vida, mesmo já doente na cama, muitos milhares e milhares de pessoas, sempre sorridente, sempre carinhosa, sempre com palavras de ânimo, sempre delicada. E, pelo poder que Deus lhe conferia, Alexandrina, ia curando corações, ia conseguindo conversões, ia tratando da paz e unidade de muitas famílias, ia conseguindo ser amparo para arranjarem emprego, para se sentirem curadas de seus problemas e dificuldades, para saírem de junto dela com alma e o coração em paz, felizes e curados. Quantos belíssimos testemunhos de tantos feridos no corpo, no coração, na alma, na vida, tantos mergulhados no pecado sofrendo as consequências de uma vida desordenada, nos relataram suas curas. Ir a Balasar, estar com Alexandrina, era dom e graça que realizava prodígios de cura, de paz, de unidade familiar, de concórdia entre desavindos, de sucesso na vida, de melhoras das doenças corporais, de aconselhamento para viverem uma vida mais santa. E tudo isto era dom de Jesus, o Bom Samaritano, através da nossa querida Beata.

Mas as doenças continuam, como continuam os feridos pelo mal e pelo pecado, por vidas desordenadas, tantas vezes mergulhas no pecado e no vício, que geram tristeza, desordem, feridas na família, no emprego, na sociedade. Continua a haver desemprego, fome, tribulação em muitos lares. Continua a haver lutas e guerra. Continuam muitos doentes precisando de cura, como muitos sem liberdade, sem amor, sem fá. Mas os que continuam a recorrer às Beata, rezando e pedindo sua ajuda e intercessão, visitando seu túmulo, clamando por ela, continuam a ser curados de suas feridas. Alexandrina não nos desampara, não se esquece de nós, Continua, no céu junto de Jesus, a ser intercessora, a rezar e pedir por nós, a alcançar dons e graças, a curar nossas feridas, a ajudar, a acarinhar, a ter compaixão, a ser um exemplo admirável de como todos podemos ser “bons samaritanos”. E todos podemos e devemos levar o mundo das feridas ao coração generoso da nossa Beata.

 

P. Dário Pedroso * Jesuíta

 

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3 Comments

    1. Obrigada Padre Dário por estas palavras sobre a Alexandrina. A vida dela foi muito difícil por isso não é alguém que seja fácil seguir. As palavras que escreveu sobre ela ajudam a vê-la, não como uma pobre doente mas como alguém que levou essa vida de sofrimento com muito Amor e Alegria.

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