Decorridos 3 anos, que diferenças positivas (expectativas) se notam? Se há arte onde a Igreja continua a investir – ser perita – é varrer para debaixo do tapete ou meter a cabeça na areia. O resto… basta olhar com+paixão***
«São os jovens preocupação para a Igreja ou é a Igreja problema para os jovens? O Sínodo em curso, à semelhança de outros, há de ser farto em diagnósticos, assertivo nos argumentos, utópico nas propostas e inócuo nas consequências.
Os jovens não respiram Igreja. O Evangelho chega em contramão: apaparicados do berço, avessos à renúncia e sacrifício, habituados a ser servidos (não contrariados), afundados no gozo, narcisismo e liberdade total. A “cruz”, estoicamente carregada por gerações de antanho, arrasa expectativas, provoca traumas, está em desuso.
Os líderes religiosos, no afã de agradar, cedem à tentação de diluir e aligeirar o Evangelho. Ao “mundanismo juvenil” repostam com discursos (s/r)edutores e encenações pagãs. Ao jovem rico, que até cumpria os mandamentos (!), Jesus não esteve com paninhos quentes. Propôs. “O jovem retirou-se contristado, porque possuía muitos bens”: dinheiro, conforto, orgulho, autoestima, prazer.»
P. António Magalhães Sousa * Braga
In Correio da Manhã, 07.10.2018